Portugal, o primeiro país do mundo a comprometer-se a atingir a neutralidade climática em 2050, no âmbito da COP 22 (em Marraquexe), decidiu antecipar essa meta para 2045 juntando-se a quatro países da União Europeia que querem atingir esse objectivo antes da data indicada pela União Europeia. A Finlândia quer ser neutra em carbono em 2035, a Áustria em 2040 e a Alemanha e a Suécia em 2045.
Com a proposta de Lei de Bases do Clima, aprovada na Assembleia da República, em Novembro, Portugal passa também a ser o primeiro país a avançar com uma evolução estrutural no Direito Internacional ao considerar o Clima como Património Comum da Humanidade.
Este reconhecimento implica a definição em concreto do clima estável como bem jurídico de Direito internacional que deve ser gerido como bem comum, tornando visíveis não apenas os danos causados no património comum do clima, mas também, e sobretudo, os benefícios positivos aí gerados.