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Campanhas Electrão
Electrão já recolheu mais de 3500 eletrodomésticos porta-a-porta
14 Março 2023
 / 3 minutos de leitura

O Electrão já recolheu mais de 3500 eletrodomésticos porta-a-porta na zona de Lisboa, o equivalente a mais de 120 toneladas de equipamentos elétricos usados, desde o arranque desta iniciativa inédita em Portugal que teve início em 2021.

 

Só nos meses de janeiro e fevereiro de 2023 as recolhas de eletrodomésticos ao domicílio ultrapassaram as 23 toneladas, em Lisboa e Almada.

 

Ao longo de 2022 foram recolhidas, nas várias freguesias do concelho de Lisboa, 66 toneladas de equipamentos elétricos usados. Em 2021 as recolhas, realizadas apenas em algumas freguesias da capital, totalizaram as 25 toneladas.

 

A maior parte dos aparelhos elétricos usados recolhidos porta-a-porta pelo Electrão, o equivalente a mais de 61 toneladas, são grandes eletrodomésticos, como máquinas de lavar. Seguem-se os equipamentos de frio, como frigoríficos e arcas congeladoras, que correspondem a mais de 30 toneladas. Só depois surgem os ecrãs, o material informático e equipamentos mais pequenos, como lâmpadas e ainda pilhas e baterias, que totalizaram, em conjunto, mais de 29 toneladas.

 

Desde o lançamento do projeto porta-a-porta foram contabilizadas 1545 recolhas. Em média, cada cidadão entregou 100 quilos de equipamentos elétricos para reciclagem, o que representa mais do que um eletrodoméstico usado.

 

Área de abrangência continua a crescer

 

A área de abrangência do projeto porta-a porta, desenvolvido em colaboração com os municípios, continua a crescer. O projeto, que arrancou como iniciativa-piloto, em Lisboa, em julho de 2021, em apenas três freguesias do concelho, foi alargado ainda nesse ano a mais 10 freguesias do concelho. Dada a elevada adesão passou a estender-se a toda a capital.

 

Em Almada a recolha iniciou-se em dezembro de 2022. O serviço está a funcionar em Almada, Cacilhas, Cova da Piedade, Pragal, Laranjeiro e Feijó.

 

Na Moita o projeto de recolha de eletrodomésticos usados a pedido do cidadão arrancou a 1 de março. Em Loures e Odivelas a recolha iniciou-se a 3 de março. No concelho de Loures estão incluídas nesta fase duas das 10 freguesias do município: União de Freguesias de Moscavide e Portela e ainda a União de Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas. Em Odivelas a campanha abrange duas das quatro freguesias do concelho: Odivelas e União de Freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto. Em breve a campanha chegará ao Montijo e ao Seixal.

 

Para efetuar as recolhas o Electrão utiliza carrinhas próprias, uma delas 100% elétrica, o que diminui a pegada ecológica deste serviço. A equipa de recolha assegura o transporte dos eletrodomésticos usados desde o interior da residência, garagem ou arrecadação até ao veículo. Posteriormente os equipamentos recolhidos são encaminhados para reciclagem.

 

As recolhas são gratuitas e podem ser agendadas em articulação direta com o Electrão (800 262 333) ou com a respetiva câmara municipal. Para solicitar a recolha os munícipes devem ter pelo menos um eletrodoméstico volumoso, como uma máquina de lavar ou um frigorífico, mas na altura da recolha poderão entregar outros pequenos equipamentos elétricos fora de uso, lâmpadas e ainda pilhas usadas.

 

Lutar contra o mercado paralelo e promover a reciclagem

 

A recolha de equipamentos elétricos porta-a-porta pretende facilitar a vida ao cidadão e reforça, ao mesmo tempo, o combate ao mercado paralelo. Um estudo desenvolvido pelo Electrão concluiu que 75% dos equipamentos elétricos usados, colocados pelo cidadão na via pública, para recolha posterior por parte dos serviços municipais, são desviados para o mercado paralelo e não chegam às unidades de tratamento onde seriam corretamente descontaminados e reciclados. Esta situação é preocupante tendo em conta que muitos equipamentos usados têm componentes perigosos.

 

As recolhas porta-a-porta permitem garantir ainda que 99% dos equipamentos estão completos, o que significa que todos os componentes nocivos para o ambiente podem ser eliminados em segurança em unidades especializadas. “Esta prática promove a redução de custos ambientais e de tratamento”, constata o Diretor-Geral Adjunto do Electrão, Ricardo Furtado.

 

Outra vantagem do serviço porta-a-porta é o contacto direto com o detentor de resíduos: o cidadão. “Esta ligação permite desencadear a recolha de mais equipamentos, sobretudo de pequena dimensão, que estão muitas vezes esquecidos nas gavetas, como telemóveis antigos, pilhas ou lâmpadas”, ilustra.

 

A recolha de equipamentos elétricos usados a pedido do munícipe é um serviço inovador que o Electrão quer continuar a alargar a mais municípios. “O objetivo é contribuir para o aumento dos níveis da reciclagem das várias tipologias de equipamentos, travar a tendência de acumulação, combater o mercado paralelo e garantir a proteção da saúde humana e do ambiente”, conclui Ricardo Furtado.

 

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