Actualmente mais de metade da população mundial vive em cidades, mas as estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que em 2050 o número de pessoas a residir nos grandes centros pode aumentar para dois terços.
O êxodo das zonas rurais para os centros urbanos, que deverá intensificar-se nas próximas décadas, trará mais desafios à gestão de resíduos urbanos que se pretende cada vez mais sustentável.
Um estudo publicado recentemente na revista ‘Nature Cities’ confirma que “as cidades maiores estão a aumentar a produção de resíduos mais rapidamente do que as cidades mais pequenas”.
Os autores do estudo sublinham por isso que é necessário dissociar o crescimento económico da produção per capita de resíduos, mas vão mais longe defendendo mesmo que as análises de desempenho económico deveriam contabilizar os impactos negativos no capital natural.
O desperdício e os resíduos gerados são dimensões que têm sido negligenciadas e que pressupõem impactos negativos significativos para a saúde pública e ambiente, realçam ainda os autores do estudo.