Todos os anos, em média, cada europeu consome 26 quilos de têxteis, dos quais 11 quilos são eliminados depois de serem usados apenas 7 ou 8 vezes. Quando estes tecidos ou têxteis são descartados, na Europa, 87% são incinerados ou acabam em aterros. Apenas 10% permanece no mercado como usado.

Estes dados estão a ser realçados a propósito da Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (SEPR). À semelhança de anos anteriores, o Electrão volta a associar-se a esta campanha que arrancou a 19 de Novembro e decorre até dia 27 de Novembro. O tema deste ano está focado nos “Têxteis circulares e sustentáveis”.

As directrizes europeias impõem aos Estados-Membros a aplicação da recolha selectiva de resíduos têxteis até 2025. Todos os anos mais de 5.8 milhões de toneladas de têxteis são descartadas.

Face à gravidade do problema a União Europeia sinalizou o sector têxtil como prioritário e quer transformá-lo num sector mais ecológico e competitivo através da estratégia para os têxteis sustentáveis e circulares.

Existem várias aplicações, como a Vinted ou MyCloma, que possibilitam a venda e compra de roupa em segunda mão, o que tem vantagens não só económicas como ambientais. É ainda possível entregar roupa a instituições de solidariedade social, transformar peças com intervenções básicas de costura ou doar a outros particulares. Estas soluções permitem dar uma nova vida às peças de roupa ao mesmo tempo que travam a proliferação de resíduos têxteis.

Outras soluções para prevenir resíduos

O Electrão associa-se à Semana Europeia da Prevenção de Resíduos, este ano focada nos resíduos têxteis, mas aproveita também para lembrar a necessidade de apostar na prevenção de resíduos de embalagens, pilhas e ainda de equipamentos eléctricos usados – os três fluxos geridos pela associação.

Reparar ou doar este tipo de equipamentos, um dos fluxos que mais cresce globalmente, pode ser uma forma de contribuir para diminuir o impacto destes aparelhos ambiente. Muitos destes equipamentos eléctricos são abandonados na natureza quando chegam ao fim de vida e não são encaminhados para as unidades especializadas onde poderiam ser correctamente descontaminados e reciclados. Esta prática acarreta graves impactos ambientais e representa também um risco para a saúde humana já que muitos destes componentes perigosos desses equipamentos vão poluir solos e linhas de água.

No caso das pilhas, a opção recarregável deve ser equacionada e é também uma forma de prevenir estes resíduos. Para as embalagens as possibilidades são mais variadas: é possível, desde logo, levar as próprias embalagens reutilizáveis de casa para acondicionar charcutaria ou comprar a granel no supermercado, por exemplo.